Economia volta a dar sinais positivos
O clima económico em Portugal voltou a melhorar em Julho, impulsionado pela indústria e pelos serviços, e situa-se agora ao melhor nível desde Outubro de 2004, segundo os resultados do Inquérito de Conjuntura às Empresas e Consumidores divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Este indicador, que agrega dados qualitativos dos sectores da indústria transformadora, comércio, serviços e construção e obras públicas, reforçou assim "o afastamento face ao patamar em que se tinha situado nos oito meses anteriores a Junho", sublinha o Instituto. O indicador mantém-se, ainda assim, muito próximo de terreno negativo e claramente abaixo da média de toda a série, cujo início se reporta a Janeiro de 1990. Por outro lado, apesar de este ser mais um bom resultado verificado ao nível das expectativas para a economia portuguesa, esta melhoria não abrangeu todos os sectores de actividade. Tal como é sublinhado na nota publicada pelo INE, a indústria transformadora e os serviços foram os sectores que mais contribuíram para a melhoria do clima económico, com resultados que foram mais do que suficientes para anular as evoluções negativas registadas no sector do comércio e na construção e obras públicas.
A indústria transformadora foi mesmo o sector que mais se destacou no mês de Julho, atingindo o melhor valor desde Outubro de 2004 e funcionando, assim, como motor deste indicador. As perspectivas sobre a procura global, a produção actual e sobre o emprego foram os factores determinantes para esta evolução. "As expectativas sobre o emprego apresentaram em Julho a sexta melhoria consecutiva, situando-se, no mês corrente, no nível mais elevado da série iniciada em Janeiro de 2003", sublinha o INE. Mas os bons desempenhos na indústria foram acompanhados pelo sector dos serviços onde se registaram melhorias significativas em todas as suas componentes, com destaque para os indicadores de confiança. "O indicador de confiança dos Serviços recuperou de forma significativa nos últimos dois meses, atingindo o melhor valor desde Junho de 2004", lê-se na nota distribuída pelo INE.