Dez princípios para um futuro comum
e de bem-estar social
Direitos e deveres para todos
Alguns defendem que o futuro das nossas sociedades deveria ser dirigido pelas forças de mercado. Nós, no PSE, fizemos a nossa escolha política: direitos e deveres para todos, o que representa assegurar a coesão numa sociedade moderna e justa. Os cidadãos e o Governo, assim como os negócios, os sindicatos e outros agentes económicos e sociais deveriam ter entendido claramente direitos e deveres.
Pleno emprega
Alguns dizem que o pleno emprego é impossível. Nós, no PSE, fizemos a nossa escolha política: pleno e qualificado emprego pode ser uma realidade. É o melhor caminho para tornar as sociedades mais inclusivas e mais prósperas, utilizando o potencial individual de modo a contribuir para a criação de novos recursos. Para nós é claro: não pode existir pleno emprego sem um Estado moderno e justo - e nenhum Estado justo, sustentável, sem pleno emprego.
Investir nas pessoas
Alguns sustentam que precisamos apenas centrar-nos nas oportunidades para os altamente qualificados, negligenciando a falta de objectivos dos desfavorecidos, sem educação superior. Nós, no PSE, fizemos a nossa escolha: a escolha inclusiva de investirmos nas capacidades de todas as pessoas. Isto passa por desenvolvermos permanentemente especializações e competências: trabalhar, não mais intensamente mas de uma forma mais eficaz; competir no caminho certo, não em salários baixos, mas numa maior valorização das especializações. Investir nas pessoas - através da educação, da formação e de políticas sociais - será uma ferramenta essencial para combater a exclusão, atingir o pleno emprego e promover a justiça social.
Sociedades inclusivas
Alguns dizem que não podemos fazer nada pelos excluídos e mais desfavorecidos da sociedade. Nós, no PSE, fizemos a nossa escolha: a força da Europa assenta na sua sociedade inclusiva em que todos contam (em que todos são importantes). No entanto, apesar de um século de políticas sociais, existem, ainda, demasiadas desigualdades ao nível da igualdade de oportunidades e da distribuição de riqueza. A globalização e as mudanças demográficas trarão novas oportunidades para muitos - mas as forças do mercado criarão a marginalização de milhões de pessoas, a menos que seja regulada através
de políticas sociais activas.
para a infância
Alguns sustentam que os cuidados com a infância são apenas um assunto privado. Nós, no PSE, fizemos a nossa escolha: os países europeus devem tornar acessíveis os cuidados com a infância a todos os que os desejarem. A alta qualidade nos cuidados com a infância, sustentáveis e acessíveis, é um investimento altamente positivo tanto a curto como a longo prazo. Possibilita às crianças o melhor início à sua educação e, ao mesmo tempo, transmite-lhes importantes habilitações para enfrentarem a vida.
Igualdade de direitos para
mulheres e homens
Alguns dizem que houve progressos suficientes na igualdade de direitos entre mulheres e homens e que, por isso, não é necessário avançar mais nesse objectivo. Nós, no PSE, fizemos a nossa escolha: apesar do progresso, a desigualdade entre mulheres e homens ainda é acentuada e devemos intervir nesse aspecto. As mulheres são o grupo com menos vantagens no mercado de trabalho devido à discriminação, ao acesso insuficiente e à desigualdade de condições. As mulheres auferem ordenados mais baixos que os homens e ainda acumulam a maioria das responsabilidades domésticas na família, a maior parte das vezes sem qualquer apoio de cuidados com a infância, sem qualquer apoio social aos filhos.
Diálogo social
Alguns afirmam que o tempo do trabalho organizado terminou. Nós, no PSE, fizemos a nossa escolha: como o trabalho é uma parte muito importante da vida e da sociedade, é fundamental para uma sociedade moderna, a forma como organizamos o nosso trabalho e a partilha das nossas responsabilidades através dos sindicatos e das organizações patronais.
Fazendo da diversidade e da integração a nossa força
Alguns tentam tirar vantagem da xenofobia e do ódio contra as minorias e contra os imigrantes na Europa. Nós, no PSE, acreditamos na diversidade e na tolerância como foi afirmado na declaração deste Congresso. As sociedades europeias devem rejeitar todas as formas de intolerância e de ódio. Todas as pessoas têm o direito de viver com dignidade e serem tratadas com respeito pela sua nacionalidade, região étnica, raça, género, orientação sexual ou religiosa.
Sociedades sustentáveis
Poucas pessoas duvidam da necessidade de um clima melhor e de uma política energética, mas muitos ainda consideram essa necessidade como um custo extra. Nós, no PSE, fizemos a nossa escolha: uma política activa para enfrentarmos as mudanças climatéricas e as necessidades de energia, deve estar no centro de uma nova estratégia visando uma crescente reflorestação ambiental.
Uma Europa activa para as pessoas
Alguns clamam por uma Europa passiva, limitada às regras do mercado sem nenhuma regulação. Nós, no PSE, fizemos a nossa escolha: A UE é mais do que um mercado. A UE é uma parte essencial da Nova Europa Social, ajudando as regiões e os países a conseguirem mais em conjunto do que conseguiriam sozinhos. Mas estamos longe de termos atingido o potencial da União Europeia há muitos mais benefícios que a cooperação e solidariedade europeias podem trazer à vida das pessoas. Na nova economia global, a nossa Nova Europa Social pode ser realizada passo a passo se trabalharmos em conjunto uma política assente nas seguintes bases: Competição que estimula, cooperação que fortalece e solidariedade que une.